Nunca achei piadinha nenhuma aos secadores de mãos que bufam ar quente.
Em primeiro lugar, faz uma barulheira descomunal. Além disso, em vez de secar bem, anda ali a soprar a água de um lado para o outro. Mais vale o raio das toalhas de papel, que ao menos secam as mãos como deve ser. Como se não bastasse, em alturas de calor, fica um bafo insuportável na casa-de-banho à pala do ar quente que aquilo deita.
Não havia, portanto, nenhum motivo que me fizesse deixar de detestar aquela bosta. Mas hoje, pela primeira vez, achei uma grande utilidade para aquilo.
Para contextualizar a coisa, tenho que voltar ao dia de ontem, ao jantar de Natal da empresa num conhecido restaurante de rodízio. Comer rodízio de carnes, já por si é bom motivo para dar a volta à tripa. Agora juntando a isso aquele molho de feijão preto, a banana frita e as caipirinhas, o efeito produzido é muito interessante. Cada vez que me peido hoje, produzo uma réplica do sismo do outro dia.
Ora isso traz um problema: O volume do peido é tão alto, que se assemelha ao trabalhar de uma Zundapp, o que faz com que, mesmo que me vá peidar ali dentro do wc, toda a gente aqui fora oiça.
É aqui que entra o secador de mãos. Com pelo menos 1 vez por hora tenho que ir à cagadeira soltar umas 10 morteiradas, ligo o secador de mãos antes de disparar, para que não se oiça aqui fora. Aquela merda é tão barulhenta, que é suficiente para ajudar a abafar os gritos de liberdade da gasearia.
À falta de um silenciador anal, é o melhor que se consegue arranjar.