Conversas ao lanche

Antro de divulgação de conversas tidas normalmente durante o lanche.

quarta-feira, setembro 03, 2003

Cego Aurélio

Nos meus tempos de infância, havia um gajo na minha rua chamado Marco. O Marco era um pitosga do caralho. Lembro-me uma noite, em que ficamos de nos encontrar num barzito. Estava eu e outro gajo lá sentados, quando vemos o Marco entrar no bar e levantamo-nos a gesticular para ele nos ver. Conclusão, toda a gente no bar a olhar para a figura de ursos que estavamos a fazer, e o gajo não nos viu e foi-se embora. Acabamos por encontrar mais tarde um outro amigo nosso que nos perguntou onde tinhamos andado, porque o Marco tinha ido à nossa procura e não estavamos lá. Depois de lhe explicar o problema de visão do Marco, diz ele: "Ah, agora que dizem, realmente há bocado vinhamos ali na rua e o gajo espetou-se contra uma grade metálica!"
Graças ao seu olho de águia, o Marco recebeu a alcunha de "Cego Aurélio".
Marco -> Marco Aurélio -> Cego Aurélio.
Mas o mais interessante foi a maneira como ele ficou visgarolho. Havia lá uma gaja na rua, que quando andavamos pelos nossos 12-13 anos, começou a desenvolver consideravelmente os apêndices mamários, e a ficar com uma peidola arrebitada. O Cego Aurélio, estando nos seus primeiros anos de punheteiro, não resistiu em pôr a mão na febra e decidiu apalpar-lhe o pacote. Faz a investida, apalpa-lhe as nalgas e começa a fugir com ela a correr atrás dele. Nisto, olha para trás, repara que já tinha ganho uma distância considerável, e começa a rir: ahahahahahah". De repente, quando olha para a frente, PUM! Uma valente cornada num poste eléctrico.